domingo, 29 de agosto de 2010

toda parte de mim

Há aqueles que me surpreendem com um olhar, outros que com um sorriso ganham o meu dia. Há também os que se não me fazem rir daquele jeito que só eu tenho, não os reconheço. Alguns eu nunca nem abracei mas são os que me consolam diariamente; tem também os que desde criança me acompanham nas aventuras, e olha que não são poucas. Há os que vieram apenas fazer uma "participação especial" e os que vieram mas nunca mais foram embora. De alguns eu sinto saudade, de outros nem mais a saudade é suficiente para explicar a falta que sinto. Hoje tem aquele que com o beijo me encontrou e outro que ontem com o beijo me deixou. Há também os que me tiram do sério, como diz minha mãe - torram minha paciência; mas estes são tão poucos que vale a pena relevar. Alguns conheci a pouquíssimas horas enquanto com outros nem mais as horas também são suficientes. Pode ser o que chegou hoje, o que foi embora ontem ou o que chegará amanhã; para todos entrego o que tenho de mais sincero. Dôo o meu coração, ato este que muitos não sabem o que significa. Digo que tudo bem, nada importa a não ser a minha felicidade; aquela que encontrei ao encontrar Ele. Meu melhor amigo, minha fonte de amor, minha fortaleza. Deus me guia e pelo caminho algumas coisas vou deixando. Deixo o carinho no coração daquele que no começo diz ter me amado, a compaixão no daquele que me machucou ou mesmo uma saudade no que eu sem querer abandonei. Espero deixar muito mais alegrias, muito mais sorrisos, porque é disso que o mundo precisa. Está entregue toda parte de mim.

sábado, 14 de agosto de 2010

pois é, poesia

Amar!


Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!Amar!E não amar ninguém!


Recordar?Esquecer?Indiferente!...
Prender ou desprender?É mal?É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!


Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!


E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...


Florbela Espanca

sábado, 7 de agosto de 2010

saudosa

O ano era dois mil e três e o mês outubro. Acontecia nesse dia a ultima Feira Cultural da minha antiga escola do qual eu participava. Foi durante aquelas apresentações que descobri o gosto pela nossa Musica Popular Brasileira. Nesse mês de agosto se comemora o centenário de João Rubinato, mais conhecido como Adoniran Barbosa, e foi durante este meu último trabalho que conheci sua história e me tornei fã do artista completo, único.
Assumo minha falta de domínio técnico sobre a música: não conheço notas nem tons, melodias, mas aprecio os sentimentos. Estes que quando ouço alguem cantar "se eu perder esse trem que sai agora as onze horas, só amanhã de manhã" vem na memória meus amigos na sala de aula ensaiando e a professora arrumando os últimos detalhes da apresentação; momentos que tenho guardado no coração.
Admiro quem consegue encantar com o próprio canto, mas principalmente agradeço estes que com as palavras ou mesmo sem elas conseguem marcar a minha história. Brincamos, cantamos e apresentamos. Fizemos não só do dia mas do ano, inesquecível. Saudade. Vontade de voltar no tempo, não para arrumar mas para vivenciar. É isso. Que o amanhã também seja saudoso!