me traduz

Morada
Forfun

Faço de mim
Casa de sentimentos bons
Onde a má fé não faz morada
E a maldade não se cria

Me cerco de boas intencões
E amigos de nobres corações
que sopram e abrem portões
com chave que não se copia

Observo a mim mesmo em silêncio
Porque é nele onde mais e melhor se diz
Me ensino a ser mais tolerante, não julgar ninguém
E com isso ser mais feliz

Sendo aquele que sempre traz amor
Sendo aquele que sempre traz sorrisos
E permanecendo tranquilo aonde for
Paciente, confiante, intuitivo

Faço de mim
Parte do segredo do universo
Junto à todas as outras coisas as quais
Admiro e converso

Preencho meu peito com luz
Alimento o corpo e a alma
Percebo que no não-possuir
Se encontram a paz e a calma

E sigo por aí viajante
Habitante de um lar sem muros
O passado eu deixei nesse instante
E com ele meus planos futuros
Pra seguir

Sendo aquele que sempre traz amor
Sendo aquele que sempre traz sorrisos
E permanecendo tranquilo aonde for
Paciente, confiante, intuitivo

ao extremo

Queria escrever, colocar nos papéis aquilo que me atormenta e o que me faz viver. Não sei se é a nostalgia de ver o ano acabando ou a simples tensão que nós mulheres passamos mensalmente, sei que as minhas vontades estão ao limite. Estou sentindo tudo ao extremo e sei que o excesso não nos faz bem, mas acredito que com ele cometemos erros e normalmente são com eles que aprendemos. Não pretendo fazer a retrospectiva deste ano porque tem muita coisa para acontecer até o dia trinta e um, mas é inevitável não comentar que esses doze meses mudaram totalmente a minha vida. Sou sem dúvida outra pessoa. Não deixo mais passar o que sinto, se gosto de você vou dizer se não também. Como já escrevi por aqui, meu coração é maior do que imagino e por isso continuo a perdoar mesmo aqueles que me fazem chorar. Por sinal, as lágrimas de uns tempos para cá me acompanham com maior frequência. Mas tudo bem, por mais que a minha paciência esteja também ao limite olho para Ele e consigo seguir em frente. Pronto, está escrito.